Multiusos Anel d'Artes

No denominado ‘Parque das Gaivotas’, originalmente espaço de praia, a zona foi convertida, nos anos 90, em parque de estacionamento para servir os veraneantes.

 

A escolha do local decorreu da sua centralidade e da sua relação com a Avenida, bem como da necessidade de se situar em área de jurisdição portuária, fora do domínio relativo da Reserva Ecológica.  

 

A localização em contexto de transição da cidade para a Praia da Claridade orientou a forma, procurando uma volumetria neutra, mas significante. A extensão do areal, a relação com o horizonte e a localização privilegiada, pediram um objeto icónico com expressão urbana e social.

 

A materialização do edifício define um anel circular – cobertura laminar suspensa a baixa altura sobre o areal. Minimiza-se a presença construída, propondo a modelação topográfica do terreno para que apenas a cobertura seja visível e todo o programa esteja semienterrado. Uma duna artificial esconde o edifício expondo a cobertura. Este rebaixamento oculta o programa, controla a luz natural, diminui a sua expressão acústica e protege o espaço interno dos ventos dominantes.  

 

O recinto apresenta-se como uma unidade que acolhe a diversidade. Propõe-se um espaço polivalente e não hierarquizado, marcando uma centralidade local e regional.

 

Da organização radial definem-se três entradas e saídas, cumprindo os requisitos segurança. A sul localiza-se a entrada principal, em relação direta com o atual estacionamento e a avenida.

 

O sistema construtivo propõe pilares e paredes moldadas de betão armado que suportam uma cobertura metálica com painéis translúcidos de Policarbonato. O betão das paredes é moldado em painéis triangulares para melhor comportamento acústico.

 

Uma grande pala ao ar livre, uma praça, no meio da praia.

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Comércio, equipamento e serviços